Tenho aprendido bastante sobre o amor nos últimos tempos. Não falo somente do amor carnal, da paixão, mas o amor como um todo, amor entre irmãos, famÃlia, amigos, enfim, amor universal – se é que podemos chamar assim.
Assisti a algumas palestras que falavam sobre o tema e conversei com algumas pessoas (como @lilianeferrari , @samegui e @penachiando.), e algumas considerações importantes foram levantadas.
Primeiro, aquela história de “Amar ao próximo como a si mesmo”, é muito mais complexa do que se costuma observar. A maioria das pessoas vê a frase acima como um mandamento de Jesus Cristo, como algo a ser seguido, como sÃmbolo de caridade. O que não é errado, mas se você parar pra pensar, antes de amar ao próximo, você precisa amar a si mesmo.
Aà eu pergunto: é fácil amar a si mesmo? Quem de nós se ama e se aceita verdadeiramente?
Amar a si mesmo é reconhecer os próprios defeitos e aceitá-los, procurando sempre se tornar uma pessoa melhor – acredite, sempre podemos melhorar, estamos aqui para aprender todos os dias – e não simplesmente se achar o máximo e jogar pra debaixo do tapete o que não serve.
Somente nos amando de fato – o que não é nada fácil – podemos considerar amar outra pessoa. Porque, imagine que, se você não tem amor suficiente nem para si mesmo, o que acontece se você doar o pouco que tem para outra pessoa? Você fica vazio, certo?
Amor não é puramente um sentimento bonitinho. É uma energia exremamente positiva e dinâmica. Através dessa energia as coisas acontecem, a vida acontece.
Se você não tem amor pelo seu trabalho, você vai efetivamente fazer um bom trabalho? Ou simplesmente empurra com a barriga?
O tema é bastante complexo, mas porque nós mesmos temos a tendência a complicar as coisas.
O amor, em si é simples. Ele simplesmente acontece. Ele não cobra, não exige nada em retorno. Erramos quando queremos desesperadamente que o objeto de nosso amor corresponda às nossas expectativas e aà sofremos. Perceba, que sofremos não pelo outro (por mais que coloquemos a culpa nele) mas por nós mesmos, por causa das expectativas que nós mesmos criamos.
Uma das coisas mais difÃceis da vida é conseguir amar incondicionalmente. Todos queremos algo em troca. Porque no fundo julgamos triste amar sem ser amado. Mas não é.
Amar incondicionalmente requer um grande despreendimento. E é necessário se amar primeiramente. Amor não se impõe, não se exige. Amor é troca voluntária, espontânea. Então, de nada adianta sofrer se alguém não nos ama.
Ninguém pode dar mais do que tem a oferecer, portanto é uma sua escolha aceitar o fato e viver com serenidade e a certeza de que está dando o melhor de si, ou você pode escolher viver armagurando porque alguém não corresponde seus sentimentos.
Amar não é fácil, ainda que básico. O amor de fato acontece sempre “apesar de”. Pois apesar de todos os defeitos dos entes queridos você ainda os ama e só deseja o melhor pra eles. à s vezes você tem uma pessoa ao seu lado (namorado, marido, companheiro, o que for) que te enlouquece com suas manias, mas ainda assim você não quer ficar longe desta pessoa.
São desdobramentos do amor: respeito, tolerância, admiração, carinho, companheirismo, amizade e assim por diante.
Paixão não é amor.
Somos seres confusos e perdidos. Fazemos joguinhos tolos diariamente por orgulho, egoÃsmo, varidade, fraqueza, medo de ser julgado, medo de rejeição. Somos nós que complicamos tudo, quando simplesmente deveriamos amar e viver.
O assunto rendeu no blog da Sam também (A Vida como a Vida Quer). Dá uma passadinha lá. 😉
“Nothing really matters, love is all we need. Everything I give you, all comes back to me”